Ontem estava lendo o blog Tô Doida, de Cristiane Fetter (ela mesa, a do blog O Futuro do Presente) e um assunto gerado nos comentários me chamou atenção. Qual a melhor prática? Dar ou vender o que não é mais útil para nós, mas está em bom estado de conservação?
Nos EUA, os americanos guardam o que não lhes serve mais e vende em bazares nas portas de suas casas. Muitas vezes o valor cobrado é mínimo, mas é feita venda e não doação. Esse ato ensina ao povo de lá o valor do dinheiro bem empregado e que é preciso trabalhar para ter o que precisa. O ponto negativo é o valor exagerado ao dinheiro e o apego ao materialismo.
Aqui no Brasil temos o costume de doar o que já não nos é útil, embora muitos não doam e nem vendem, guardando tudo e impedindo que o novo entre em casa. A prática do doar nos ensina a trabalhar o desprendimento do que é material. O ponto negativo é a valorização do pedinte, pois passar o dia pedindo dinheiro, comida e coisas usadas é mais lucrativo que trabalhar um dia inteiro por um salário. Muitas vezes o que doamos é jogado de lado, sem o menor valor.
Vejo que as duas práticas são complementares. Para o crescimento espiritual, é importante saber doar, mas para o crescimento da nação é importante a valorização do capital. Podemos trazer para o Brasil a boa prática dos bazares e, com o valor arrecadado, ajudar instituições, levando aos locais materiais de higiene, limpeza, artesanato, etc. Mas uma pergunta fica ainda sem resposta: Será que as pessoas iriam aos bazares ou o brasileiro é muito orgulhoso para comprar algo usado? Só saberemos se tentarmos.
Imagem: http://www.saovicente.sp.gov.br/fundosocial/acoes/bazar.asp
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Dar ou vender?
Postado por Geovana às 08:25
Marcadores: Comportamento, Manifesto
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5 comentários:
Eu faço as duas coisas. A maioria das coisas pequenas ou de menor valor tipo roupas,sapatos e livros eu dôo. Eletrônicos, moveis e outras peças de maior valor agregado, quando eu não quero mais eu vendo. A diferença é que, ao invés de montar um bazar na garagem, eu anuncio no Mercado Livre. Simples assim. rsrs
Geo, você tocou num ponto importantíssimo (que aliás é um post que estou preprando), o brasileiro de uma maneira geral tem muito orgulho de comprar coisas usasadas.
Quando eu me mudei para os Estados Unidos eu vendi quase tudo que eu tinha na minha casa, e vendi para amigos, pois não adiantava anunciar ou fazer um bazar (além do medo de ser assaltada é claro).
Este tipo de preconceito tem que acabar, não é só carros usados que merecem ser comprados, outras coisas também.
Obrigada por comentar nosso post em seu blog, ficou MARAVILHOSA sua análise.
Beijocas
Eu discordo da Cris, acho que o brasileiro tem o maior preconceito em comprar coisas de segunda mão.
Encontrar pessoas de cabeça boa que comprarm as coisas no Brasil sem preconceito é difícil, ela é que tá cercada de gente boa (comprei um montão de coisas dela......ahahaha)
E concordo com o que ela vê que acontece nos EUA: dado não tem valor. Você dá para não jogar no lixo, o outro ganha, e vai lá e joga....
Eu só dou as coisas que sei que de fato serão usadas pela pessoas, senão prefiro guardar e esperar uma oportunidade melhor. Ou então vendo, mesmo que por preços módicos. Não só pelo dinheiro mas pela grande preocupação que tenho com o lixo gerado por todos nós.
Beijos!!!!
Meu esposo morou 01 ano no RS e lá tem Brinques, lojas que vendem produtos usados. Ele comprou geladeira, guarda-roupa, cama, tv e outras coisinhas bem baratas. Depois que saiu, vendeu a outro colega pelo mesmo preço. Aqui na BA não existe esse costume, até carro está difícil vender usado.
A questão do medo de assalto, citado por Cris, é um ponto importante.
Sei que este é um assunto a se pensar, por enquanto a opção de Rosinha é bem viável, embora eu não confie na segurança da net, em todos os sentidos.
Beijo a todas.
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