terça-feira, 2 de outubro de 2007

Eu venci... ufa!


Finalmente aconteceu a tão esperada meia maratona Braskem de revezamento 2007 e a academia Clássica fez bonito. Todos os integrantes compareceram, inclusive eu, e cumpriram a prova com esmero.

A sensação é muito boa. Meus pais e minha irmã foram me ver.

7:15, cheguei e fui direto para a tenda da academia pegar meu chip e encontrar meus colegas;
7:50, a equipe aguardando e tomando maltodextrina, nem todos tinham chegado, a expectativa era grande.
8:00, todas as equipes estavam completas e os primeiros do revezamento já estavam no boxe aguardando a hora da partida. A largada foi dada.

8:35, finalmente o colega completou a volta dele e me entregou a pulseira. Partir pra minha maratona com um frio na barriga, o coração acelerado e sensação de que se eu não controlasse meu medo não chegaria nem na metade do caminho. Respirei fundo, controlei meus batimentos e fui embora sem olhar para trás.

A partir daí não tinha nenhuma noção de hora. Estava sem relógio e desliguei o celular porque tem sempre alguém que liga na hora errada. Só tinha noção de como eu estava quando via que os outros corredores de número 02 (segundo do revezamento) estavam próximos a mim ou quando via corredores de número 01(primeiro do revezamento) ainda na pista correndo comigo. Esta visão me dava alívio e esperança de cumprir a prova.

A primeira etapa, que é o caminho do farol da Barra até o monumento das gordas em Ondina, é a mais difícil. A ladeira é longa e o vento gera um certo atrito, mas é importante fazer essa subida correndo porque cumprindo esta etapada todo o restante parece possível.

Quando a sede e o calor já estavam insuportáveis, apareceu um ponto de distribuição de água que mais parecia um oásis no deserto. Peguei um copo, molhei a garganta e joguei o resto no corpo para refrescar. Esse banho me deu um pouco mais de energia para continuar o percurso. Nesse momento, encontrei um chip caído, peguei e coloquei no bolso para devolvê-lo no final (quem perdia o chip pagava R$50,00, espero ter ajudado este corredor).

Lá vai eu, o caminho parecia interminável, nunca que chegava o retorno. A sede, o calor e nenhum oásis. Já sem aguentar de calor, andei um pouco pra conseguir respirar. Revezei entre correr e andar até encontrar um novo ponto de distribuição de água. Peguei dois copos, tomei um bom banho de água fria e molhei a garganta. Neste momento passou um queniano, muito rápido e seguiu caminho ao podium. As pessoas aplaudiam e gritavam "vai queniano!!!"

Segui meu caminho, aproveitando a descida da ladeira. É o momento de ganhar o tempo perdido na subida. Corri toda a ladeira, depois fui andando um pouco pra pegar fôlego novamente. Nesse momento passou um senhor, correndo muito bem, os profissionais tornaram a passar e as pessoas aplaudiam. Vi que era hora de pegar o fôlego e correr.

Fui correndo, correndo, cansando, com vontade de parar e então avistei a plateia nos esperando; muita gente mesmo na linha de chegada curtindo aquele momento; pensei: "Barriga pra dentro, peito pra fora, laranja no pescoço (cabeça erguida) e vamos embora!". Dobrei a linha de chegada e lá estava meu colega esperando a pulseira para cumprir a etapa dele. Meus pais bem na frente para me ver chegar.

Eu venci. Cumpri a prova com espero, mesmo com a perna lesionada. Não desisti da minha primeira competição desportiva por causa dos limites do meu corpo. Minha mente falou mais alto e estou muito feliz por ter conseguido e por ter deixado minha família e meus colegas orgulhosos.

Após respirar fundo, entreguei os chips e peguei minha medalha, estava difícil andar por conta da lesão. A Braskem teve o cuidado de distribuir lanche (maçã, banana, sanduiche, barra de cereal) e gatorate para os atletas, mas nem comi porque a maltodextrina que tomei tirou minha fome. Segui para a tenda da academia, orgulhosa para ver os colegas.

Vi minha família e dois amigos, recebi massagem, tomei água de coco, tirei fotos com os colegas e pra finalizar o dia, repus minhas energias com uma bela mariscada. Foi um dia muito especial.

Obs.: Infelizmente ainda não tenho as fotos do evento, mas completarei esse post assim que receber essas fotos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Geo, tenho dois amigos atletas, a Gabri e o Ramon, que me estimulam a correr com eles. Ainda não deu coragem, mas seu depoimento já ajudou a pensar melhor no assunto. Deu até vontade. bjs e parabéns pela meia maratona. Thaís Lauton

Geovana disse...

Oi Thais

Na próxima oportunidade vá em frente. O que nos separa dos atletas é a força de vontade.

Abraço.

No texto esqueci de agradecer, mais uma vez, a Fred, nosso capitão, que levou muito a sério esta prova.

Rita de Cassia disse...

Geo, desde ontem venho aqui para saber como foi tua maratona. No decorrer de sua narrativa o que percebemos? O objetivo, a luta, o limite, a superação. Imagino o que você deve ter sentido quando completou sua prova. Quando falo, "sua" é porque acredito que o que importava alí para você era completar e não chegar na frente, era concluir. COMEMORE! comemore bastante, você não sabe quantas pessoas têm um objetivo, estabelecem a meta e... ... desistem ou não conseguem. PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Beijos

Geovana disse...

Poxa, fiquei muito feliz com seu comentário. Completar a prova e trazer a medalha (de comparecimento) foi realmente a minha vitória pessoal. Beijo.