quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Da Bahia ao Uruguai - Todos os uruguaios em um só lugar

Saímos achando que o Prado era logo ali porque não tínhamos entendido que 522 era a linha de ônibus. Andando pelo centro encontramos um senhor muito simpático que veio da fronteira e nos informou exatamente como chegar até a feira usando o seu sotaque portunhol.


Apesar de o ônibus ter uma entrada e uma saída, não tem borboleta. As pessoas entram e saem pela frente e o motorista retira um selo e entrega como recibo da passagem. Uma passagem custou Uru$ 15,5 (R$1,55). O motorista se aborreceu conosco porque não entendia como não sabíamos o valor da passagem. Que absurdo! Nem quis perguntar o ponto a ele, vai que ele se vingava e nos deixava num lugar bem isolado e longe?

Ainda no ônibus encontramos uma mulher que nos deu algumas dicas de onde NÃO era o Prado. Ela desceu antes, mas nos avisou que a mulher da frente iria para lá (não me pergunte como ela sabia disso).

Chegando no local vimos que era A Festa da cidade. Jovens, adultos e idosos reunidos para ver a feira. Lá encontramos os stands de diversos países do Mercosul, inclusive o Brasil e exposição de máquinas agrícolas. O local é um parque de exposições de animais, por isso já tinham as baias formadas com cavalos, bois e carneiros. Era uma festa com direito a música country, futebol americano e muita animação.

Passeamos por todo o parque, entramos nos stands, mas não compramos nada. Tudo por lá era muito caro! A fome apertou e fomos procurar o que comer. Tinha uma churrascaria, mas ninguém estava no local, é claro que isso nos espantou. Optamos por fazer o que todos os uruguaios estavam fazendo: comer sanduiche e tomar chop. Enquanto nos fartávamos ficamos ouvindo a música local, numa apresentação no palco que aconteceu após o show de country.

As pessoas começaram a ir embora e decidimos que era hora de acompanhá-los. Pedimos informação a uma policial que por acaso era da fronteira e sabia falar bem o Português. Ela nos levou até a saída que já estava fechada, abrindo passagem, porque a outra ficava longe do ponto de ônibus. Foi muito prestativa conosco. Conhecia o RS, tinha vontade de conhecer a Bahia e gostava de Jorge Amado.
Pegamos o ônibus 522 de volta para o centro. No ônibus encontramos uma uruguaia que trabalhava na colônia brasileira. Falava bem Português, sabia muito sobre a Bahia, mas ainda não conhecia pessoalmente e também gostava de Jorge Amado. Ela desceu antes de nós. Quando tentávamos nos localizar, um casal ofereceu ajuda. Mostramos o mapa e eles nos disseram o ponto. Finalmente chegamos a hotel, cansados e felizes.

.... amanhã é outro dia e outra história...

2 comentários:

Rita de Cassia disse...

Desde ontem estou acompanhando sua aventura no Uruguai. Você é uma ótima narradora.
Beijos
Rita

Geovana disse...

Que bom que gostou. Eu estava imaginando se não ficou cansativo tantas informações. Beijos.