sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Que Aprendi - Ser Feliz Sozinha

Certa manhã, enquanto eu lia "Quem me Roubou de Mim", fiz um apanhado de tudo o que poderia ter sido um sequestro de minha alma e cheguei à conclusão que nunca me deixei sequestrar por muito tempo e que eu fui sequestradora de mim mesma quando deixei nas mãos dos outros as minhas decisões. Cada desencontro trouxe uma lição e o que parecia ruim se diluiu restando apenas boas lembranças de pessoas que guardo com carinho em meu coração.

É claro que as lembranças da separação são recentes, mas aos poucos as mágoas vão se ofuscando e as boas lembranças se sobressaindo. O respeito de R por mim, a seriedade como pessoa, a amizade entre mim e a família dele, os simples momentos juntos, o orgulho que eu tinha dele, tudo isso fica como algo bom que merece ser guardado. O amor se perdeu em algum lugar, mas existe um desejo enorme de vê-lo feliz.

Sei que tudo o que eu chorei foi doce, foi limpeza de alma e aprendizado. Eu somatizei em Ew minha solidão, minha vontade de amar, meus anseios e medos. Fiz dele o príncipe no cavalo branco que salvaria a princesa da torre, sem nem perceber que a princesa tinha asas para voar. Ew é um amigo que tenho respeito.

Ninguém é responsável pela nossa felicidade ou infelicidade, mas às vezes esquecemos isso e é preciso ir lá no mais profundo da alma pra se encontrar novamente. Hoje eu paro em minha casa, olho os meus livros, meu violão, minhas fofuchas e não tenho vontade de sair correndo ou ir para uma balada até ficar exausta. Aproveito cada minuto de mim mesma, estudo, trabalho, malho, vou a festas e conheço pessoas. Aprendi a não ser tão exigente comigo nem tão preocupada com os roteiros que criaram para mim. Me permito simplesmente aproveitar o dia e deixar o futuro nas mãos de Deus, lembrando sempre de me amar para amar o próximo. Fazer a minha parte e deixar o resto nas mãos de Deus. Se eu sou plenamente feliz? Claro que não, mas... alguém é?

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