sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Apartheid na Bahia, NÃO!

Hoje recebi um folheto sobre o Dia da Consciência Negra. É interessante lembrar importância da cultura africana. Não exatamente a cor da pele, mas a arte, luta, dança, música, culinária, religião, grandes nomes e tantas belezas associadas aos irmãos africanos e afrodecendentes. O que não dá é para aceitar mais uma cota, agora para o mercado de trabalho. E os brancos, onde ficam? Ser branco não quer dizer ser mais bonito, inteligente ou rico. Cor de pele não garante oportunidade. Querem criar um Apartheid na Bahia e no Brasil?

Quando penso em meus amigos não penso na cor deles, é até difícil distinguir se um amigo é branco ou preto, diante da mistura baiana. Não penso: "Preciso mandar um email pra minha amiga Flávia Negra", "Vou chamar meu amigo Edmilson Negro para a festa", "Que bom, minha amiga Aline Negra ali, vou almoçar com ela hoje", "Por onde anda meu amigo Lenivaldo Negro?", "Olha ali meu amigo Fábio Negro, quanto tempo não o vejo!", "Nunca mais minha amiga Rosenilda Negra me ligou". Meus amigos não se distinguem por cor, classe social ou conta bancária. São amigos porque me aceitaram como eu sou, porque a afinidade se criou sem preconceito. Nenhum deles precisou de cota para estudar ou entrar no mercado de trabalho, pois são todos competentes e esforçados. Cursaram faculdade pública ou privada, fizeram concurso ou estão no mercado privado e se destacam no que fazem.

Quando se fala em incentivo fiscal para quem contratar no mínimo 20% do quadro de funcionários negros eu fico com um "elefante atrás da orelha". Qual a intenção? Ganhar voto dos desavisados, isentar grandes empresas enquanto nós, brancos e negros, pagamos impostos por tudo ou criar inimizade entre irmãos brancos e negros? Quer ajudar os negros? Pega o dinheiro do tributo e investe nos professores e escolas públicas de ensino básico. Eu prefiro o crescimento por mérito e tenho 100% de certeza que os negros podem chegar onde quiserem. O topo é o limite para todos, brancos, negros, vermelhos, amarelos e até listrados. Digo NÃO ao Apartheid brasileiro!

Um comentário:

Rosinha Lima disse...

Tô contigo e não abro!