quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Meu Amigo Charles

Melhor parte do meu dia é quando ele amanhece. O carinho das fofuchas me acordando, as gatas esperando pela comida, o vento no rosto e os raios de sol enquanto corro me dão a plena sensação que a vida é muito boa.

Pior parte de dia é quando a noite finalmente cai. Olho o vazio da cama e se parece muito com o vazio que pairou no meu coração. Sinto medo de abrir o coração pra um novo amor, embora saiba que mais vale chorar por amor que pela ausência dele. Eu sei que tudo isso é novo e enquanto não passa tenho a companhia de um bom livro, de um violão e alguns DVDs que encurtam as noites.

Essa noite foi assim, me peguei pensando numa canção de Vanessa da Mata:
"Achei você no meu jardim entristecido
Coração partido
Bichinho arredio..."
Fiquei pensando se alguém vai me achar nesse jardim e adormeci.

Como até na tristeza há alegria, sonhei com um amigo (amigo mesmo, nada de pegação), uma pessoa muito especial que sempre me fazia bem e que eu perdi contato. Meu amigo Charles. No sonho eu o encontrava por acaso, num lugar público e dizia:

- Charles!

Ele olhava pra mim, abria o sorriso, corria, me abraçava carregando - ele tem 1,94, parece um armário e eu 1,57, só carregando mesmo - e dizia:
- Geeeeo! Que saudade...

- Oi meu amigo, quanto tempo como está?

- Geo, você sumiu, não deu notícia, me conte com anda...

E o diálogo seguia e eu via perfeitamente cada traço do seu rosto e o sorriso do jeitinho como é de verdade. Acordei com uma saudade boa, uma vontade de rever meu amigo. Quem sabe?

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