sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Domingo: Quarto dia: O carnaval no Campo Grande


Domingo, dia 03/02/2008, foi o primeiro dia das famosas atrações baianas no circuito do Campo Grande. A festa nesse circuito começa quinta-feira com a entrega da chave da cidade ao rei momo (magrinho!!!). Muitos blocos alternativos e de samba partido alto desfilam entre quinta e sábado, mas Ivete, Chiclete, Cheiro, Babado, Eva e outros se apresentam a partir do domingo.

Eu nunca tinha saído em bloco no circuito principal, então optei em comprar o Beijo. Estava mais barato (dentre os melhores), a banda era boa (Motumbá) e o horário parecia bom porque o sol estava mais baixo (15:00). Para meu desencanto, o tão pontual e organizado circuito do Campo Grande estava bagunçado e atrasado. O bloco Beijo saiu às 17:00h.

Existe uma diferença muito grande de público durante o dia e à noite. A turma que brinca durante o dia no Campo Grande é formada, principalmente, por pais de família, crianças, mulheres e rapazes que desejam ver as atrações, beijar e brincar o carnaval. A turma da noite, com algumas exceções, são os muvuqueiros que estão no carnaval para beber, brigar e roubar.

Fomos ao som da Motumbá, passamos pelo Campo Grande, o palco de apresentação e pontuação, e seguimos até a Casa da Itália e a praça da piedade. Já passava das 20:30 e ainda nem estávamos na metade do circuito. O bloco desceria até a Castro Alves e retornaria pela Carlos Gomes. Confesso que deu um certo medo passar nesses lugares depois das 21:00, apesar do policiamento estar reforçado. Por isso, aproveitamos um espaço do Relógio de São Pedro onde estava tranquilo, saímos de fininho e fomos para casa.

A Motumbá, uma mistura de afoxé, samba de roda e axé arrasou no circuito. O visual estava lindo, todos bem vestidos e a caráter; o cantor e seus vocais bem afinados; os intrumentistas de alto nível. A Motumbá foi considerada a banda revelação no carnaval 2006 e mostrou, agora em 2008, que veio para ficar.

Quando o bloco passou pelo Campo Grande, onde estavam as emissoras de TV, a algazarra foi total. Todos pulavam e queriam aparecer, mostrar que o bloco estava animado. Apesar da multidão de "artistas", não houve briga ou desrespeito. O clima do bloco estava bem tranquilo, apesar de alguns muvuqueiros. A maioria do bloco era de baianos, muitos negros e mulatos. Um bloco de baiano educado, do jeito que desejamos mostrar. Pena ter saído tão tarde.

Diante do horário, resolvemos, na segunda, tentar trocar as duas camisas do bloco Beijo por uma camisa do camarote dos Praieiros. Próximo post contarei essa história pois foi aí que descobrimos o que há por trás da máscara do carnaval.

Imagem: http://ego.globo.com/Carnaval2008

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