quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O que há embaixo desse angu?

Sabe aquele cara que já aprontou tanto que tudo o que ele faz parece ter segundas e terceiras intenções? Assim é minha visão em relação aos Estados Unidos da América. Por isso me pergunto o que eles querem ao criar jogos como Counter-Strike e EverQuest e espalhar pelo mundo. Estão formando guerrilheiros? Querem incentivar ainda mais a violência para poder vender armas? Querem o país desestruturado e em guerra para que eles possam dominar e roubar as riquezas? Para mim, um simples jogo não é um simples jogo, se traz esse realismo inútil e vem de um país tão pobre de cultura e vida digna.

Segue a reportagem:

Counter-Strike e EverQuest estão proibidos no Brasil

São Paulo, 22 (AE) - Desde quinta-feira (17), os games Counter-Strike e EverQuest estão proibidos no País por "serem impróprios para o consumo, na medida em que são nocivos à saúde dos consumidores".

Eles começaram a ser apreendidos pelo Procon de Goiás, mas a decisão vale para todo o Brasil.

A medida foi tomada pelo Juízo da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de MG


Em cumprimento de decisão judicial proferida pelo Juízo da 17a Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais, válida em todo o território nacional, nos autos da Ação Civil Pública n° 2002.38.00.046529-6, o PROCON/GO está apreendendo no Estado de Goiás os jogos virtuais de vídeo-games e computadores: “Counter-Strike” e “Everquest”, que foram considerados impróprios para o consumo, na medida em que são nocivos à saúde dos consumidores, em ofensa ao disposto nos artigos 6, I, 8, 10 e 39, IV, todos do Código de Proteção e Defesa do Consumidor.

O jogo “Counter Strike” (reféns, bomba, fuga, assassinato, armas, técnicas de guerra, táticas de guerrilha) reproduz a guerra entre bandidos e policiais e impressiona pelo realismo. O jogo foi criado nos Estados Unidos e adaptado para o Brasil. No vídeo-game, traficantes do Rio de Janeiro seqüestram e levam para um morro três representantes da Organização das Nações Unidas. A polícia invade o local e é recebida a tiros.

O participante pode escolher o lado do crime: virar bandido para defender a favela sob seu domínio. Quanto mais PM´s matar, mais pontos. A trilha sonora é um funk proibido. Nessa escala de violência, cada um escolhe suas armas: pistolas, fuzis e granadas. Na visão de especialistas, o jogo ensina técnicas de guerra, haja vista o jogador deve ter conhecimento sobre táticas de esconderijo, como se estivesse numa guerrilha.

O jogo “Everquest” leva o jogador ao total desvirtuamento e conflitos psicológicos “pesados”; pois as tarefas que este recebe, podem ser boas ou más. As más vão de mentiras, subornos e até assassinatos, que muitas vezes depois de executados, o jogador fica sabendo (ou não) que era apenas uma armadilha para ser testado para entrar em um clã (grupo).

Os jogos violentos ou que tragam a tônica da violência são capazes de formar indivíduos agressivos, sobressaindo evidente que é forte o seu poder de influência sobre o psiquismo, reforçando atitudes agressivas em certos indivíduos e grupos sociais.

Todo consumidor que se deparar com a DISTRIBUIÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO dos jogos virtuais “Counter-Strike” e “Everquest” DEVE acionar o PROCON, para que este órgão providencie a apreensão destes produtos, estando o PROCON responsável pela ativação automática da POLÍCIA para detenção dos usuários do jogo.

2 comentários:

Rosinha Lima disse...

Olha, eu até concordo que crianças e adolescentes não deveriam jogar isso. Porém eu jogava CS, aprendi a gostar, me divirtia pra caramba com os colegas do trabalho e acho uma pena não poder mais fazer isso.
Quando já se é um adulto bem educado, com valores morais solídos, esse tipo de "influencia maléfica e danosa" perde o sentido. O problema é: Quantos adultos hoje possuem educação de base e valores morais sólidos como os meus?
Talvez seja melhor proibir mesmo.

Alexandre M. Lima disse...

Eu penso que não são os exemplos visuais violentos que influenciam uma pessoa a ser mais violenta. Todos nós, seres humanos, já somos violentos por natureza; isso já nasce conosco. Porém, algumas pessoas não conseguem controlar essa violência. Acredito que seja uma carga genética, uma predisposição a ser mais violento.

Nós assistíamos Tom e Jerry quando pequenos e, no entanto, não nos tornamos pessoas briguentas ou anti-sociais. Quando menino pequeno, eu brigava demais na rua, por qualquer coisa, e quando cresci me tornei uma pessoa adepta da solução pacífica até onde puder.

Eu gosto (adoro) jogar Counter-Strike por causa do nível de realidade que ele me faz atingir. É uma forma segura de eu sentir como um soldado ou um policial age e interage numa situação extrema de combate. É uma realidade virtual! Assim como simuladores de corrida e pilotagem, CS é um simulador... de guerra.

A proibição só vai fazer com que a curiosidade atraia mais adeptos ao jogo Counter-Strike. E vai fazer com que as casas de jogos fiquem mais cheias de crianças doidas para desfazer as ordens dos pais.