terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A vida dos filhos

Depois que conheci Rafa, ganhei 03 sobrinhos de presente. Eles estão naquela idade de dúvidas sobre o futuro e o que querem ser. Os tios incentivam o estudo de Direito porque acreditam que é uma das profissões mais bem remuneradas e que mais tem possibilidade de concurso. A mãe diz a eles que sejam o que eles se sentirem bem, que escolham a própria vocação.

Acredito que, quando se tem filhos, deseja-se sempre o melhor para eles, mas muitas vezes as pessoas depositam as próprias expectativas e frustrações para serem sanadas pelos filhos, induzindo-os a escolher como profissão o que os pais queriam, mas não puderam. Parece que nunca foram crianças, nunca tiveram sonhos e aptidões natas, vindas do coração.

Quando uma pessoa nasce com um dom, uma aptidão, ela precisa seguir esse caminho ou nunca será feliz. Terá dinheiro, status, glamour, mas terá também um grande vazio de quem não sabe por que veio ao mundo. Por isso é que, sempre que posso, digo aos meus "sobrinhos": procurem conhecer as profissões e escolha exatamente aquilo que fizer com mais afinco. Escolha como profissão aquilo que faria um dia inteiro sem se cansar ou chatear. Esse é o nosso dom.

4 comentários:

Rita de Cassia disse...

Acredito que você esteja certa. Não seguí minha vocação e sofro até hoje.Desde pequena gostava de desenhar casas e todos diziam que eu seria arquiteta. Não pude ser. A parte financeira não deixou. Ainda fiz Desenho de Arquitetura no ensino médio. Eu própria desenhei, calculei material e decorei minha casa. Não fosse o financeiro sempre a tolher minhas idéias ... ... ... Ainda tentei fazer psicologia e mais uma vez o financeiro... bem .... digo pra minhas filhas escolherem o que quiserem. Deve ser maravilhoso fazer o que se quer e ainda ganhar dinheiro com isso.
Apesar de não ter feito exatamente o que eu quiz em algumas oportunidades, não me sinto frustrada, pelo menos ainda não. Vivo exercitando meus dons sempre que posso. Dinheiro com isso eu não ganho não, também ... faro para o comércio é o que reconhecidamente não tenho mesmo.
Beijos

Alexandre M. Lima disse...

Desde quando fui apresentado a um microcomputador MSX, eu "mexo" com essas incríveis máquinas. Mas existe um outro lado em mim que desperta de vez em quando: a música.
Na época do vestibular fiquei dividido entre fazer computação e música. Acabei optando por computação porque pensava que daria mais retorno financeiro.
Hoje, eu acho que daria no mesmo. Mas ainda volto um dia para estudar música academicamente. Enquanto isso, vou levando a música como hobby.
Acredito que as crianças de hoje em dia serão mais felizes se conseguirem descobrir pelo menos mais de uma coisa em que tenham interesse. Assim, poderão escolher em qual delas irão se especializar.

Geovana disse...

Todos que me vêem perguntam: Vc é veterinária? O meu jeito com animais parece estampar na minha testa, mas não segui a profissão, desejada desde pequena, ainda sem saber o que era uma profissão, porque minha mãe, meu tio, meu professor e todos os adultos do mundo resolveram que, seguindo esse dom eu seria pobre.
Depois de passar por Química, Eng. Química e Infomática, não estou rica e também não sou veterinária.
Então quando escrevo sobre isso, falo por mim. Não é uma visão de quem leu um artigo.
Seguir um dom nos faz melhor e o dinheiro é uma consequência.

Rosinha Lima disse...

Eu já quis ser muita coisa quando criança: professora, psicóloga, cientista. Já pensei em ser tudo menos o que sou hoje. Quando estava na adolescência, fiz o curso técnico em Química e me identifiquei. Quando trabalhei alguns meses num estágio em uma farmácia de manipulação, descobri que era aquilo mesmo que eu queria para mim. Porém, quis o destino (e os pais, amigos, padrinhos, tios, cachorros e papagaios) que eu cursasse Análise de Sistemas, e cá estou eu.