segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Voar alto

Faz alguns dias encontrei esse desenho no Blog da Lú e achei a frase muito interessante, principalmente para uma reflexão de fim-de-ano. Numa associação de idéias me lembrei de um texto que meu amigo e colaborador Adriano escreveu e nunca publicou. Somos mais fortes e mais inteligentes do que imaginamos ser. Nos valorizamos menos do que o verdadeiro valor que temos.

Somos como os pombos, as formigas ou os elefantes. Um pombo pode voar e ter as melhores frutas e os melhores insetos para sua refeição, mas teima em comer restos. Uma formiga carrega muito mais que o próprio peso e consegue viver numa sociedade totalmente organizada, mas não visualiza além da linha imaginária que ela criou, tornando-se limitada a um universo pequeno. Um elefante, quando amarrado desde pequeno, jamais tentará sair da prisão, mesmo tendo força suficiente para se livrar de qualquer obstáculo.

Assim somos nós, seres humanos sociais. Nos treinaram para servir, nos disseram que não somos tão bonitos quanto um artista de TV, nos mostraram que é melhor um emprego ganhando pouco do que arriscar em algo melhor, nos disseram que roupa vestir, como se comportar e o que devíamos ser quando adultos. Essa cultura nos foi passada durante séculos, nos tornando escravos de uma elite que teima em ser sempre elite, mas que a única qualidade qu possui a mais que o resto do mundo é um amontoado de notas guardadas em um banco que eles nunca viram.

Sei que é difícil mudar algo que nos foi passado a vida inteira, mas podemos mudar ao menos o futuro. Podemos criar nossos filhos ou ensinar nossos alunos a serem gente de verdade, acreditar nos próprios ideais e buscar a própria felicidade. Quem acredita que pode, chega longe e é esse valor que precisamos começar a disseminar no mundo. Não podemos ser pombos, temos que ser águias, que enxergam onde o homem comum nem imagina ver.

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