quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O que fica da infância


Alguns blogs (Aninha, O futuro do presente e Para olhar) têm convergido sobre um assunto bonito e especial, a criança e o que ela realmente leva na bagagem da vida sobre o dia das crianças.

Após eu ler o post de Rosinha (para olhar), conversamos um pouco e, com muita felicidade, lembramos das bonecas de pano que a mãe fazia e dos vestidos que aprendíamos a fazer com ela; dos móveis com prendedor de roupa e caixa de fósforo; das bonecas de papel e tantos outros brinquedos que nos deixavam orgulhosas e felizes. Também lembramos que não tivemos a caríssima Barbie e isso não nos deixou traumatizadas e infelizes. Hoje somos gratas a nossos pais por sabermos conviver com os limites que o mundo nos impõe sem abrir mão dos nossos sonhos.

Reforço aqui a tese de que levamos da vida a vida que se leva. Não são brinquedos caros que fazem o dia das crianças. O que os filhos desejam realmente é compartilhar com os pais a felicidade daquele dia e o brinquedo novo. Uma criança que realmente se aborreça por não ter ganho o brinquedo caro pode estar somatizando nesta situação a sua infelicidade e solidão. Um pai que compra um brinquedo caro e não reserva algumas horas do dia para brincar com filho, deu apenas um objeto sem valor.

Hoje sei que uma criança leva para a sua vida todos os valores passados pelos pais. Não aqueles que ele ensina, mas os que mostra em suas atitudes. Por isso é importante passar realmente o dia das crianças e muitos outros dias com os filhos, ensinando-os o quanto a vida é importe e o quanto os valores são necessário para prosperarmos com dignidade. Fica a dica: Passe o dia das crianças com seu filho da mesma maneira que fazia com seus pais ou gostaria que eles tivessem feito.

Foto de Sol, a linda filha de minha amiga Renata.

Um comentário:

Rita de Cassia disse...

Cêdo aprendí a fazer minhas bonecas de pano e meus brinquedos, de caixas de creme dental, pedaços de madeira, tampas de garrafas, de perfumes... o que tinha a mão. Passava horas brincando, criando situações com minhas bonecas (acho até que lembro o nome de todas). Ainda lembro do primeiro fogão que ganhei (de uma amiga de minha mãe).Principalmente me lembro do cuidado que eu tinha com aqueles "brinquedos". Era louca por uma boneca Suzi, e tive uma que encontrei jogada e com a cabeça quebrada, meu pai deu um jeito e eu pude brincar com ela. Hoje digo para as meninas, se vocês tivessem vivido as dificuldades que viví talvez valorizassem mais os brinquedos que têem. Tento fazer o que acredito ser bom pra elas, além do amor, do carinho, da orientação, da atenção, dou meu tempo, companhia, beijos e mais beijos, mais carinho. Bens materiais... esses dou pouco, tanto pelas minha limitações financeiras quanto pela falta de necessidade. Não acho certo gastar muito com um brinquedo, comparo muito os preços do superfluo com o "básico necessário". Exemplo: Dia das Crianças dou algo que estão precisando, uma sandália, uma roupinha... e um passeio. Aniversário, uma sandália, uma roupinha e bolo, refrigerante doçinhos. No Natal a mesma coisa. Saí um brinquedinho também, mas depois do "necessário".
Beijos