Ultimamente não tenho escrito no blog, eu sei. Também não acho ânimo no meu trabalho, pois simplesmente não acredito naquilo que preciso defender, mas se você já precisou defender o SAP vai me entender perfeitamente. Os livros que tenho lido me parecem desnecessariamente chatos, será que estou escolhendo mal ou ficando chata? Os ensaios e o Carnaval passaram e eu não fui, não vi graça naquele monte de gente dançando junto, será que estou curando ou pirando? Fiz viagens e programas cercada de amigos, o que me deu a sensação que a vida segue e é boa, senão já teria me questionado sobre minha sanidade. Meu carro, que era pra ser um brinquedo novo se tornou apenas um carro, eu pensei que o curtiria mais, será que a culpa é dos infinitos engarrafamentos na Paralela? Me recuso a simplesmente viver mais ou menos e sair por aí dançando e sorrindo quando estou simplesmente afim de ficar no meu canto. Estou finalmente curando ou pirando?
Encontrei esse texto do mestre Chico e deixo aqui para reflexão. Não precisam se preocupar, pois nunca vou me jogar do meio-fio nem me enforcar num pé de coentro. Talvez eu esteja apenas me preparando para o juizo final onde eu, finalmente, não serei escolhida.
"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.... "
Francisco Buarque de Holanda
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